quinta-feira, 25 de abril de 2013

Já são quase 5....

hora de esconder as bitucas,
por os lençóis para lavar,
limpar a maquiagem borrada,
escovar os dentes e 
ir para escola.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Refemero

Ando em direção contrária do lugar perdido onde me encontrei.
Paro.
Olho para as estrelas e meus olhos brilham.
Minha boca se alarga em um sorriso errante.

Sinto braços de algo me apertando. Fecho os olhos e continuo sorrindo.
Esse abraço não é quente. Não é aconchegante. É frio. É apenas o vento.
Mas mesmo assim, não quero abrir os olhos e perceber que é apenas uma ilusão.

Sinto esse frio tomando forma, ficando tangível.
Fico com medo com a mudança brusca de temperatura, fica tão quente e aconchegante que me assusto.

Abro os olhos, me livro dos braços e me viro.

Meu sorriso se vai.
O espanto vem.
Aqueles olhos, aquela boca... está tudo ali. Perfeitamente onde eu o deixei...

Pisco e encaro novamente...

- O que foi? - Diz o corpo.

- Você não pode existir - Eu quase que sussurrava estas palavras...

- Você me queria, estou aqui.

Mas antes que tenta-se me abraçar novamente, o empurrei.

- O que está fazendo? Acha que pode vir, me abraçar e estará tudo bem?

- Sim - Disse com aquele sorriso que fez-me desviar o olhar.

- Isso não é resposta - Retomando minha mente.

- Sim, estará tudo bem pois eu te amo.

De minha boca não saia mais nenhuma palavra, enquanto meus olhos gritavam.

- Desculpe-me por tudo.

- Cale a boca - eu disse com convicção - Apenas me leve para casa.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Partida.

Pegarei meu diploma amanhã.

 No momento, estou arrumando minhas malas... Pegando minhas peças de roupas que mais gosto, escolhendo todas a dedo. Pego uma outra mala e começo colocar meus livros preferidos e alguns objetos pessoais. Uma onda de nostalgias bate em minha mente e me derruba em cima de minha cama. Pego um cigarro ao lado e o acendo, relembrando oque minha mente quer repassar. Uma lágrima cai. O cigarro se apaga.

 Continuo com meu plano. Vou a todos os cantos da casa, pegando cada coisa que tem minha energia, lembranças minhas. Fotos, filmagens caseiras, roupas surradas, cinzeiros e etc.. Junto tudo e coloco-os em uma caixa grande. Lacro e coloco em um canto.

 Passo um café e espero o tempo passar. O sol começa a nascer e vou ao terreno ao lado.

 - Caixa grande
 - Querosene
 - Esqueiro

 Logo após fazer as chamas, dei-lhe as costas. Voltei para dentro, peguei minhas malas e coloquei no carro. Tirei-o da garagem e fechei o portão. Quebrei o controle dele. Dei-lhe a casa um último sorriso.


                   Agora será como se eu nunca tivesse existido. Agora será como se nada tivesse existido.

   Renasci. 
                                                                              Agora eu realmente começo a viver.

                                       Nenhuma família,
                          Amigo                                 ou
                                             Amor.
           

                                                                     Deixei meus pesares, pré-ocupações e sentimentos para trás.

                            Que agora comece uma nova vida, sem ter o peso de ser alguém.