domingo, 23 de junho de 2013

Looking Glass

Fechei os olhos e o êxtase fluía pelo meu corpo como morfina.
Em seu halito senti o cheiro do campo, seu gosto era inexplicavelmente doce.
Seus olhos eram a paz e suas mãos a guerra.
Sua respiração era uma brisa fresca que invade o verão escaldante do meu corpo.
Adormeci.

Acordei no vazio de meus edredons. Coloquei a mão onde seu corpo repousara, quente, que agora está completamente frio pela tua ausência.
Fechei meus olhos para lembrar-me da noite passada, mas é como se tivesse um véu negro sobre minha retina. Muito escuro, embaçado.
Abri meus olhos enquanto acendia um cigar
ro e me lembrava de como recompor-me.
É uma loucura como teus sumiços se tornou algo tão comum. Mas nunca efêmero.

A única coisa que me resta a fazer quando você some é esperar, até que queira-me novamente, que me faça relembrar com nitidez todos os momentos que passamos juntos, transformando meus sonhos mais felizes em realidade.



 Aprendi a não ficar triste quando tu se vás pois tamanha felicidade não foi designada para minha pessoa.


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